quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A Entidade Reguladora para a Censura (ERC) já funciona!

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Declarações do director do PÚBLICO sobre eventuais pressões do primeiro-ministro não foram gravadas
Imprensa: ERC alega “erro de funcionário” para justificar deturpação em acta de inquérito

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A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) admitiu hoje que a “reconstituição provisória” divulgada no site da autoridade reguladora dos media e publicada em Setembro pelo jornal "Expresso", relativa a uma audição realizada em Abril de 2007 ao director do PÚBLICO, José Manuel Fernandes, sobre alegadas pressões do Governo, não é afinal a versão definitiva dessas declarações. Trata-se, na verdade, de uma primeira versão construída a partir de notas recolhidas pelos membros do conselho regulador durante o encontro, divulgada devido ao “erro de um funcionário”.
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Em causa está o facto de as declarações prestadas por José Manuel Fernandes não terem sido gravadas pelo sistema de som da ERC, ao contrário do que sucedeu com os restantes responsáveis ouvidos também na mesma altura, no âmbito de um inquérito da entidade sobre alegadas pressões para abafar a investigação jornalística relativa à licenciatura do primeiro-ministro. “Não nos lembrámos de ligar o gravador ou foi porque o sistema avariou”, justificou ontem ao PÚBLICO o presidente da entidade que regula os media, Azeredo Lopes, indicando que só se deram conta disso após a audição.
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“De imediato entrámos em contacto a pedir imensas desculpas” pelo facto de as declarações não terem ficado gravadas, disse. “Combinei que enviaria, com base em notas muito dispersas da audição, aquilo que parecia a reconstituição provisória e José Manuel Fernandes devolveu o documento uns dias mais tarde com correcções”, acrescentou Azeredo Lopes. “Tenho de dizer que a versão definitiva da audição é a versão corrigida pelo director do PÚBLICO”, assumiu também: “A culpa desse erro é da própria ERC”.
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Nota do Papa Açordas: Há sempre um providencial funcionário pronto a assumir as responsabilidades. Esse funcionário não terá um chefe? O que está a nos preocupar é que a ERC se transforme em Entidade Reguladora para a Censura...Não falta muito!...Quanto à alteração, sabe-se quem a encomendou...
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