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Instituto Nacional de Estatística publica dados relativos a 2014. Educação, Ambiente e Participação Cívica e Governação são os domínios que mais contribuem para tendência global positiva, apesar da evolução desfavorável das condições materiais de vida.
Ao longo de dez anos – 2004 a 2014 – Portugal viveu um agravamento contínuo das "condições materiais de vida", uma das duas perspectivas analisadas para calcular o Índice de Bem-Estar. A outra, "qualidade de vida", teve uma evolução favorável, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) que esta sexta-feira divulga os dados relativos a 2014. Assim, conclui que nesse ano o Índice de Bem-Estar atingiu 114,5, continuando a recuperação iniciada em 2013. Os dados preliminares para 2015 apontam para um novo crescimento. Ou seja: depois de anos a cair, as condições materiais subiram pela primeira vez em 2014.
Nesta última, os domínios “trabalho e remuneração” e “vulnerabilidade económica” são aqueles cuja evolução foi mais desfavorável. Nos anos, entre 2004 e 2008, anteriores à crise, o índice das "condições materiais de vida" baixou em 4% (menos 1% por ano), seguindo-se uma quebra mais acentuada de 10,9 pontos percentuais no período 2008-2014 (menos 2% por ano).
O domínio "vulnerabilidade económica" é um dos que apresentam a evolução mais desfavorável ao longo do período em estudo, reflectindo a progressiva vulnerabilidade das famílias. A situação é explicada pelo afastamento do mercado de trabalho, pelos elevados níveis de endividamento e pela intensificação da dificuldade em pagar os compromissos assumidos com a habitação, expõe o INE.
Retrospectivamente, em praticamente todos os anos a partir de 2006, Portugal registou um agravamento do índice relativo à "vulnerabilidade económica", atingindo o valor mínimo em 2013 − 76,81 − e sendo o valor base de 100 relativo a 2004. O índice cresceu em 2014, e o INE prevê que esse crescimento prossiga em 2015, atingindo um valor de 81,6, quando em 2004 era de 100. Assim no período em análise, em comparação com o ano base, observou-se uma variação negativa de 18,4 pontos percentuais, sendo que o decréscimo do índice de vulnerabilidade não significa que a vulnerabilidade diminui mas que se agrava.
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