domingo, 19 de março de 2017

Passos defende-se com novo tiro no pé: “discutir a banca não era função do governo”

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O programa de ajustamento financeiro tinha uma verba específica para a capitalização do sistema bancário de modo a prevenir os impactos negativos da crise. Contudo, os 12 mil milhões previstos para o saneamento do setor financeiro aparentemente não terão merecido qualquer discussão nos Conselhos de Ministros de Passos Coelho. A sugestão é do próprio ex-primeiro-ministro, que proferiu hoje uma afirmação surpreendente: “discutir o sistema bancário não era função do governo”.


Confrontado com a acusação de Assunção Cristas que os problemas da banca não foram levados a Conselho de Ministros durante a governação da direita, o líder do PSD pareceu mais interessado em atacar a sua ex-ministra que justificar a ação do seu governo: “posso dizer que as reuniões do Conselho de Ministros não são públicas, são reuniões reservadas”.
Sobre o papel do governo no acompanhamento do programa de ajustamento e na garantia de um sistema bancário devidamente capitalizado, após ter negado que essa fosse uma função do executivo, o ex-primeiro-ministro desvia a conversa para questões de supervisão. “O Governo nunca se procurou substituir às entidades independentes, em particular ao supervisor em matéria bancária”, afirmou.(Geringonça)

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