segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

António Costa - O coveiro da Baixa lisboeta

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Quarta-feira
Câmara de Lisboa discute proibição de trânsito automóvel que atravessa a Baixa
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A Câmara de Lisboa discute quarta-feira o novo plano de mobilidade para a Baixa, que proíbe o trânsito automóvel vindo da Avenida da Liberdade e que atravessa aquela zona da cidade. Segundo a proposta conjunta do presidente e do vereador Manuel Salgado, o novo plano de mobilidade, que foi apresentado em Dezembro, prevê "um corte na ligação da Baixa à frente ribeirinha" para o tráfego automóvel, à excepção dos transportes públicos.
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De acordo com este novo conceito de mobilidade, todo o trânsito particular que chegue à Baixa proveniente de Norte, do Rossio ou do Marquês do Pombal terá que voltar para trás quando chegar ao último quarteirão da rua do Ouro. A ideia, segundo explicou em Dezembro o presidente da autarquia, António Costa, é "alargar o espaço para peões e bicicletas" na zona ribeirinha e no Terreiro do Paço, que passa a ficar com as duas vias que ladeiam a praça (a nascente e poente) livres de trânsito.
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O projecto prevê igualmente que os automóveis particulares só possam ir na direcção Santa Apolónia/Cais do Sodré/Alcântara, e vice-versa, pela Ribeira das Naus, e que o estacionamento na zona fique reservado a moradores e comerciantes, incluindo a construção de novos parques subterrâneos no Campo das Cebolas e junto ao edifício das agências internacionais, ao Cais do Sodré.
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Nota do Papa Açordas: António Costa, com o novo plano de mobilidade para a Baixa, vai acabar com o comércio e afugentar os poucos habitantes daquela zona. Eu próprio, aos fins de semana e à noite, tenho receio de frequentar aquelas ruas desertas, onde uma navalha pode surgir a cada esquina...
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6 comentários:

  1. A proposta se aprovada irá seguir para apreciação pública, sendo que aí pode dar as suas sugestões. O tráfego na Baixa é 90 e tal % de atravessamento simples sem paragens. Se consultar o inquérito realizado aos residentes ou potenciais residentes a propósito da renovação da Baixa, esta aparece como uma das primeiras medidas a ser tomadas. Aconselho também consulta de: ulisses.cm-lisboa.pt/data/002/002/pdf/baixapomb.pdf (pg.139)

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  2. Moro na baixa e aprovo a medida. O número de veículos que atravessa a baixa prejudica muito a qualidade de vida de quem cá vive. A rua da Prata e a rua do Ouro são duas autoestradas (duas vias para cada sentido, onde é proibido parar ou estacionar). O trânsito é o grande cancro da baixa. Parabéns pela coragem. Esta medida é muito bem vinda pelos moradores.

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  3. A UACS - União das Associações do Comércio e Serviços vem manifestar a sua discordância relativamente ao novo plano de mobilidade para a Baixa que a Câmara de Lisboa irá discutir na próxima quarta-feira, dia 7 de Janeiro de 2008, apesar de algumas melhorias já introduzidas naquele documento, pois entende que o mesmo deverá ser objecto de estudos mais aprofundados, a serem desenvolvidos por reconhecidos especialistas na matéria.

    Mantendo a sua postura, no sentido de contribuir para uma solução que melhore a vida da cidade e dos seus habitantes, a UACS na sequência das posições já assumidas publicamente sobre esta matéria e das reuniões entretanto realizadas com os responsáveis camarários, vem publicamente manifestar a sua disponibilidade para patrocinar esses estudos que permitirão conhecer as melhores opções para a circulação do trânsito na cidade de Lisboa.

    Conscientes que a decisão que vier a ser tomada, irá ter implicações vitais para a vida de toda a cidade, uma vez que as questões da mobilidade em geral e da circulação do trânsito em Lisboa, em particular, constituem factores críticos para o desenvolvimento económico e social da cidade e com importante impacto no que respeita ao sector do comércio, a mesma só poderá, necessariamente, ser tomada, após a elaboração de estudos credíveis e rigorosos que a suporte.

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  4. Até que enfim
    O atraso das ideias em Portugal leva-nos aos tempos medievais.
    Olhem o que se passa por essas grandes cidades cada vez melhores quando fecham o trânsito nas zonas centrais.Lisboa precisa de andar para a frente e não o faz com milhares de carros na Baixa. Andem de metro e autocarro que só faz bem.

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  5. Finalmente uma decisao que vai ao encontro da evoluçao das cidades do futuro, que chamam a si os peoes e os transportes publicos e retiram do coraçao da cidade os carros. Finalmente Portugal acorda para aquilo que é uma realidade das cidades mais evoluidas e com planos de urbanismo a longo prazo. Mais zonas pedonais e menos trafego. Faixas para velocipedes e menos poluiçao. Faixas para automoveis que tenham mais do que um ocupante, etc. Sera um sinal de desenvolvimento claro que contraria o atentado que é a construçao de tuneis para trazer carros para dentro da cidade. Esta decisao vai claramente melhorar e aumentar o movimento de pessoas no centro da cidade. O proximo passo devera ser a reabilitaçao completa dos edificios da zona. Parabéns Lisboa.

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  6. Mas que disparate aqui se diz. Não percebo de onde vem esta ideia de que carros em andamento fazem compras... É exactamente o contrário, as zonas pedonalizadas são muito mais propícias ao comércio e serviços. Acontece lá fora, e também acontece aqui...

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