O economista João Duque considera “pouco provável” a concretização do reembolso da sobretaxa em 2016. A sua opinião é sustentada no facto de ser expectável “um cenário de base de crescimento da economia de 1,5%”, sendo que, “para termos algum benefício, é preciso que a economia cresça acima disso”.
Começando por esclarecer, em declarações à Rádio Renascença, que um possível reembolso da sobretaxa está dependente das receitas do IRS e IVA, que consequentemente dependem do crescimento económico, João Duque revela-se pessimista em relação à devolução da sobretaxa em 2016.
“Se os técnicos da Direcção-Geral do Orçamento forem bons técnicos na capacidade de antecipar e prever cenários realistas, estamos dependentes daquilo que é um futuro acima do que é expectável. Como o expectável é um cenário base de crescimento da economia de 1,5%, é preciso que a economia cresça acima disso para termos algum benefício”, explica o economista. Mas isso é algo que, na sua opinião, “é pouco provável”.
A medida consta da proposta de Orçamento do Estado para 2015 que hoje vai ser entregue no Parlamento. Mas, insiste João Duque, o cenário para que tal se concretize não é animador.
Além do crescimento necessário da economia, “as ameaças de entrada em recessão da Alemanha e a confusão que se está a estabelecer com a França, não auguram muito de bom para a Europa, que é o principal motor das exportações e da economia portuguesa, neste momento”, conclui João Duque, na antena da Rádio Renascença. (Notícias ao Minuto)
Notas do Papa Açordas: Aposto que nem os fanáticos que apoiam a maioria acreditam que vão receber algum reembolso...
Provavelmente não iremos receber nada, mas devemos pedir sempre factura. E, embora não seja fanático deste governo ou de outro qualquer, acho que esta - como principio - é uma medida positiva. Há mais de dez anos escrevi o primeiro texto a defendê-la...
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